Alberto Giacometti, L'Homme qui Marche
I
1961,
Bronze. 183 x 26 x 95.5
cm |
Essa escultura de bronze (em inglês
"Walking Man I") representa um homem solitário andando em
passadas largas com os braços ao longo do corpo. A obra é
descrita como "uma imagem humilde de um homem comum, um símbolo
potente de humanidade". Diz-se que Giacometti quis expressar
"o equilíbrio natural do passo largo" como um símbolo "da própria
força de vida do homem".
Em 1960, Giacometti recebeu
um convite para fazer parte de um projeto público para a "Chase
Manhattan Plaza", em Nova York, para instalar figuras de bronze do
lado de fora do edifício. Giometti crou várias esculturas, como o
"L'Homme qui Marche I", entre elas. Giacometti trabalhou muito no
projeto, mas acabou abandonando a encomenda. Porém, em 1961, ele
lançou o trabalho de tamanho natural em bronze e o exibiu na Bienal
de Veneza um ano mais tarde. "L'Homme qui Marche I" foi criado na
época mais expressiva da arte de Giacometti e representa o pináculo
da sua experimentação com a figura humana. Essa obra é considerada
como um dos mais importantes trabalhos desse artista e um dos
maiores ícones da Arte Moderna.
Alberto Giacometti, L'Homme qui Marche
I
National Gallery of Art, East Wing.
Washington, D.C.
A
MAIS CARA DO MUNDO
A
escultura de bronze "O homem que caminha I", criada em 1961 pelo
artista suiço Alberto Giacometti, foi vendida por US$ 104,3 milhões
(R$ 191,5 milhões) pela casa de leilões Sotheby's, em Londres, no
dia 3 de fevereiro de 2010.
É
o novo recorde mundial para uma obra de arte, superando o quadro
"Menino com cachimbo" (1905) de Pablo Picasso, vendido em 2004 por
US$ 104,1 milhões. O nome do comprador da escultura não
foi divulgado.
Fonte:
Revista "Época", 8.2.2010, pág.
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Alberto Giacometti
Escultor suíço, Alberto Giacometti
nasceu em 1901, em Borgonovo, e morreu em 1965, em Chur. Inicia a
sua formação em Genebra, deslocando-se em 1923 para Paris, onde
estuda com Antoine Bourdelle. Nessa época conheceu alguns dos
principais pintores dadaístas, cubistas e surrealistas que
influenciaram o seu início de carreira. Adere ao movimento
surrealista entre 1930 e 1934, período em que produziu algumas obras
fundamentais para a caracterização da escultura surrealista, como
L'Heure des Traces (1930), O Palácio às Quatro da
Manhã (1932) e Mãos Sustentando o Vazio (1934). Esta
última escultura valeu-lhe a admiração de André Breton, o autor do
Manifesto Surrealista.
Nos trabalhos realizados depois da Segunda
Guerra Mundial, onde a figura humana protagoniza as suas pesquisas
plásticas, Giacometti recupera a capacidade expressiva da imagem e
do objeto, acompanhando a tendência neo-figurativa que, nestes anos,
marca o percurso criativo de vários artistas plásticos. Esta
representação do corpo humano marca o período mais original de
Giacometti.
A recorrência dos temas e das soluções
plásticas adotadas resulta de um posicionamento teórico identificado
com a filosofia existencialista, como o testemunha a amizade entre
Giacometti e Jean-Paul Sartre. O existencialismo na obra de
Giacometti traduz-se numa essencialidade e numa repetitição dos
meios expressivos e dos gestos formais, que imprimem à figura humana
uma significação fundamental: uma linha vertical confrontando com a
horizontalidade do mundo. A deformação dramática das proporções, o
alongamento das formas e a manipulação da superfície e da textura
acentuam a materialidade dos objetos e a capacidade expressiva e
poética da obra de arte. As personagens, isoladas ou em grupos,
exprimem um sentido de individualismo e de descontextualização,
acentuado pela própria escala das esculturas. Destacam-se, entre as
inúmeras obras executadas durante o final da década de 40 e da
década seguinte, as esculturas L'Homme Qui Marche I e La
Femme au Chariot.
A obsessão pela representação da figura
humana revela-se também na sua produção pictórica e nos seus
desenhos, onde a linha assume uma grande expressividade e liberdade
na caracterização das formas e dos volumes.
Embora seja possível enquadrar as primeiras
produções artísticas em correntes como o impressionismo, o cubismo e
o surrealismo, torna-se difícil a classificação ou a inserção da
obra tardia de Giacometti num movimento artístico definido, de onde
ressalta o caráter marcadamente pessoal do seu percurso
criativo.
Versão de 1988 da cédula de 100
Francos Suiços
com a imagem da escultura "L'Homme qui Marche
I".
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